“PORTA ABERTA PR'A CULTURA” é um ciclo de eventos organizado pela 7 Devaneios em colaboração com a Junta de Freguesia de Nogueira da Maia.
Este mês apresentamos Charles Brook num espectáculo de magia no dia 21 de Maio (Sábado) pelas 21h30, no Auditório da Junta de Freguesia de Nogueira. Apareçam!


“PORTA ABERTA PR'A CULTURA” é um ciclo de eventos organizado pela 7 Devaneios em colaboração com a Junta de Freguesia de Nogueira da Maia. O Projecto iniciado no final de 2010, visa criar oportunidades à comunidade Nogueirense e aos Maiatos em geral, disponibilizando eventos culturais com diferentes manifestações artísticas mensalmente. Descentralizar a cultura, aproveitando as mais-valias dos espaços da freguesia e, abrindo-os à sociedade civil em convergência com artistas e instituições culturais.
Este mês apresentamos ALLATANTOU DANCE COMPANY numa performance de Dança Tradicional da Costa Ocidental Africana no dia 2 de Abril (sábado) pelas 21h30, no Auditório da Junta de Freguesia de Nogueira. Esta acção reverterá para Projecto Forno Comunitário na Ilha de Room, Rep. Guiné.


Mais um evento "PORTA ABERTA PR'A CULTURA", desta vez com o Grupo Vitae, a apresentar a peça "O Morgado de Fafe Amoroso".
É já no dia 5 de Março (sábado) pelas 21h30, no Auditório da Junta de Freguesia de Nogueira da Maia, por isso reservem já os vossos bilhetes.

Numa semana em que a Google lançou o seu Art Project, onde podemos visitar vários dos mais famosos museus e galerias do planeta, entre os quais o MoMA, a galeria Uffizi, e o Tate, e contemplar um número já considerável de obras de arte, com um pormenor assustadoramente preciso (em alguns Van Gogh conseguimos inclusivamente apreciar as pinceladas e observar mesmo as fendas que o tempo já impôs sobre as telas), e estamos no rescaldo do que eu considero ser um dos espectáculos do ano (e note-se que estamos ainda no inicio): 2001 Odisseia no Espaço, na Casa da Música, onde foi possível ver uma projecção do clássico de Stanley Kubrick, com a banda sonora tocada ao vivo pela Orquestra Sinfónica do Porto ( de arrepiar!), decidi no entanto colocar o foco principal sobre os Deolinda.


Porquê?

Como provavelmente tomaram conhecimento, neste passado mês de Janeiro, os Deolinda apresentaram-se ao vivo nos já históricos Coliseus do Porto e de Lisboa. Como já tem vindo a ser normal nos concertos desta banda, os bilhetes esgotam com uma rapidez que deixa pouca margem de manobra para os mais desatentos (que foi o meu caso!). O que é muito bom, porque afinal estamos a falar de musica portuguesa!

Até aqui nada de anormal então: alguns concertos de uma banda que pessoalmente aprecio imenso, onde a leveza das guitarras e do contrabaixo andam de mão dada com a força da voz de Ana Bacalhau, culminando em letras que têm tanto de simples como profundas.

Nos já referidos concertos os Deolinda estrearam uma nova música: Parva que Sou.
Poderia perfeitamente tratar-se somente de mais uma música de uma banda que já nos habitou a grandes musicas. No entanto não é.

É a definição de uma geração, o titulo e o corpo de uma situação, a voz de um povo calado por opção.

"Sou da geração sem-remuneração
e nem me incomoda esta condição...
Que parva que eu sou..."

Num pais e num mundo onde é cada vez mais difícil arranjar emprego, e onde um canudo já não é sinonimo de emprego nem de estabilidade, especialmente nalgumas áreas, esta letra define com uma simplicidade arrepiante e uma perfeição injusta a geração dos recibos verdes, dos estágios não remunerados e do licenciado caixa de supermercado.

Na pratica, a letra não diz nada de novo, mas resume, enumera e diz sem pudor o que se passa e o que vai na mente de muitos jovens que vêm se frustrados com uma realidade, onde a certeza da geração rasca já não existe: que certamente viverá melhor que as gerações anteriores.

"e fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo
é preciso estudar..."

Num momento, onde os tumultos internacionais fazem os headlines, e a situação económica, financeira e social é o peso que a geração carrega, esta letra é sem duvida pertinente e acima de todo um acordar, um despertar de um espírito talvez demasiado apático.

Temos então a nossa definição: depois da rasca, a Geração Parva. De certo muitos, quando estudaram a historia do século XX, ponderam como seria viver nos tempos da grande Depressão, e as dificuldades que pessoas passaram. Eu pessoalmente já fiz esse exercício, sem conseguir obter qualquer resposta. Tremo de pensar que no futuro, as novas gerações olhem para estes anos como a mesma perspectiva. E continuo sem conseguir dar uma resposta...

"Sou da geração vou-queixar-me-pra-quê?
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou..."

A música, e a análise da letra desta musica dos Deolinda tem já um efeito viral nas redes sociais, e deu já origem a um sem número de artigos de opinião, onde a geração Parva é o tema central.

"Filhos, marido, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou..."

É de louvar quando algo consegue transcender o reino do cultural e consegue tocar tão intimamente no espírito de uma pessoa, de um pais, enfim de uma geração! E aproveite-se e louvemos quem tenta contrariar este sentimento, e trabalha para melhor a situação porque:

"Sou da geração eu-já-não-posso-mais-Que-esta-situação-d­ura-há-tempo-de-mais!
e parva eu não sou!!!"

Fica aqui o video da musica ao vivo no Coliseu do Porto. Ouçam e reflictam.





[Pedro Leite]



A magia do Natal, no meio de transporte com mais história da cidade...experimente!!

Como fã de Broken Social Scene fui à procura de algo mais. A editora da banda é a Arts and Crafts, sediada no Canadá.
Sem mais rodeios, recomendo pesquisar a página de artistas para ouvir coisas boas. Destaco 2 nomes:
Dan Mangan e Charles Spearin (um dos Broken Social Scene).

Acerca de Dan Mangan, acho obrigatório o vídeo abaixo. É daqueles que levanta o espírito!


O Charles Spearin tem um projecto muito interessante onde traduz a sonoridade da fala de várias pessoas em música: http://happiness-project.ca/music.php
É música conceptual que soa bem.

[Rafael Ferreira]


Aqui deixo a minha sugestão para concerto de Natal
[Miguel Fonseca]


A freguesia de Nogueira estará com a porta aberta à cultura já a partir do dia 4 de Dezembro. Não percam a actuação do grupo Mesa do Canto, pelas 21h30, no Auditório do Edifício Sede da Junta de Freguesia. Não se retraiam e entrem!!